sábado, 4 de diciembre de 2010

PONTOS CORRIDOS SIM, MAS TALVEZ COM FINAL

Assim como no ano passado, o suposto corpo-mole de algumas equipes para prejudicar ao seu rival na disputa pelo título de campeão foi o principal tema de discussão na reta final do Campeonato Brasileiro. Os que criticam a fórmula de pontos corridos se agarraram nisto para colocar em cheque a credibilidade do sistema. Entretanto, apesar da possível distorção causada pelo pouco comprometimento de alguns times nas partidas finais, é difícil negar que o pontos corridos é mais justo do que o mata-mata ou outros sistemas heterodoxos implantados ao longo de muitos anos. Que uma equipe possa ser campeã tendo feito muito menos pontos que outras é bem pior do que equipes que são “agraciadas” por adversários em uma ou duas partidas. Porém, não seria mal-vinda uma final agregada no termino dos pontos corridos. Se acaso a diferença de pontos no final da competição do primeiro para o segundo colocado fosse igual ou inferior a seis unidades, por que não a possibilidade de um ou dois jogos para apurar-se o campeão? Neste caso o segundo colocado teria dois jogos para superar ou igualar a diferença de pontos em relação ao primeiro classificado. Suponhamos que o campeonato deste ano finde com a diferença atual, de um ponto, entre o Fluminense e o Corinthians. Pelo meu sistema jogar-se-ia primeiro uma partida no terreno do Corinthians, segundo colocado. Se o tricolor carioca vencesse seria campeão, pois teria somado os três pontos da vitória com o ponto que teria a mais a respeito do alvinegro paulista. E com quatro pontos a mais não haveria necessidade de um segundo jogo decisivo. Em caso de empate ou vitória do Corinthians, a segunda peleja far-se-ia necessária. Esta mesma condicionante poderia ser aplicada para a definição do último posto que dá vaga na Libertadores. Já quanto ao rebaixamento e acesso o ideal seria o cruzamento do terceiro e do quarto da Série B com décimo-sétimo e o décimo-oitavo da Série A. Desta maneira evitar-se-iam equipes despreparadas para a primeira divisão e preservar-se-iam equipes que “sobrariam” na segunda divisão – caso do Corinthians, Vasco, Atlético-MG e Coritiba nos últimos anos. Com esta flexibilização seria difícil imaginar um campeonato tão justo e com a possibilidade de tanta emoção – se esta vier de maneira natural e não forçada como ocorre com o mata-mata.

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