sábado, 20 de noviembre de 2010

¿HASTA DÓNDE PUEDE LLEGAR UN ORGASMO?


En medio de tanto erotismo en los mítines catalanes – los gemidos del vídeo de Montserrat Nebrera; la “incorporación” de la porno-star Maria Lapiedra en las listas laportianas de Solidaritat Catalana; y el ineludible Albert Rivera, ahora poniendo a otros desnudos – finalmente el hot surge de manera bien lograda en la carrera electoral del 28-N: el vídeo que compara el placer de un orgasmo al placer de votar, por medio de una chica que siente uno mientras votaba en la lista del PSC.

El vídeo de la Juventud del PSC, es cierto, ha generado un sinfín de críticas, incluso de los propios socialistas, dentro y fuera de Cataluña, con el presidente de la Generalitat, José Montilla, a la cabeza.

De hecho, el vídeo es extremamente osado. Pero, es imposible negar su ingeniosidad. En términos de campañas electorales ha sido de los vídeos más innovadores de la historia catalana.

No importa que el acto de votar, aunque pueda, en algunos casos, dar satisfacción, no sea lo mismo que el placer del acto sexual. Lo que vale es la lectura metafórica del mensaje de los jóvenes del PSC.

Puede, y es lo probable, que el vídeo poco motive la ida a las urnas ni el voto en el PSC en un momento de tanto escepticismo hacia la política y hacia los socialistas. Al fin y al cabo, para un electorado crítico y politizado como el catalán más valen las nueces que las voces. Pero, el vídeo ha hecho su parte: ha establecido, con el proselitismo obligatorio de un spot político, de modo divertido, una comparación de un éxatasis casi unánime y transversal con lo circunspecto que suele ser la política.

El uso del sexo, diferentemente de lo que hizo Montserrat Nebrera en su video, tiene un contenido por de tras. No lo usa solo para llamar la atención sin más.

Creo que la sociedad catalana es lo suficiente moderna para entender el paralelo trazado por el vídeo. Al fin y al cabo, lo contundente no quita lo inteligente.

Es muy probable, salvo una vuelta de tuerca de ERC, que Montilla pierda el 28-N. Pero, sus cachorros saldrán de las elecciones como los proselitistas más creativos. Al menos si despojamos el moralismo y el prejuicio de nuestras mentes.

http://www.youtube.com/watch?v=nhkrRRwiX-Q

miércoles, 17 de noviembre de 2010

E AGORA SÃO PAULO?

Penso que a obrigação de todo o são-paulino é ser, depois de são-paulino, anti-corinthiano, anti-palmerense e anti-santista.

O mesmo serve, obviamente, para os torcedores do Corinthians, do Palmeiras e do Santos em relação aos seus rivais estaduais.

A conquista de um título por Corinthians, Santos ou Palmeiras é tão dolorosa quanto a perda de um campeonato pelo São Paulo – e, em determinadas situações, até mais.

No próximo domingo o São Paulo terá um dos jogos mais amargos de sua história. Se vencer ou mesmo empatar com o Fluminense contribuirá ainda mais para que o detestado Corinthians seja campeão nacional. Se perder poderá ser acusado de entregar o jogo, em uma atitude anti-desportiva, e jogar, definitivamente, no lixo os últimos resquícios de esperança em chegar à Libertadores – talvez o menos importante pelas tão remotas possibilidades.

A maioria da torcida não tem dúvida que o São Paulo deve fazer o chamado corpo mole contra o tricolor carioca. Muitos têm na mente que o Corinthians teria feito o mesmo no ano passado contra o Flamengo na penúltima rodada, quando o São Paulo tinha a agremiação do Rio de Janeiro como a principal concorrente ao título de campeão que acabou ficando com os rubro-negros.

Creio que é muito importante nesta delicada situação separar duas coisas: o desejo do torcedor, que o São Paulo perca para o Fluminense; e a postura dos jogadores, corpo técnico e diretoria do São Paulo.

Por uma questão de ética desportiva não tenho dúvida que este jogo deve ser encarado como uma questão de honra. Em um campeonato de pontos corridos, em que todos jogam contra todos, que aja clubes que facilitem o jogo para outros, tem como consequência a distorção do curso natural da competição.

Que jogadores, orientados ou não pelos seus diretores, percorram esta senda é vergonhoso e mesquinho, pois a rivalidade entre dois clubes, por mais forte que seja, não deve estar acima da ética – mesmo sabendo que ética e futebol não se combinem muito, não resta ao escriba outra saída retórica.

Não importa que o Corinthians possa ter ser empenhado pouco em uma situação similar no ano transacto. Seria ir pela lei do talião.

Agora, outra coisa bem diferente somos nós, torcedores, que nada temos como influir na partida. Nós sim deveremos estar pendentes que o Fluminense vença a peleja – ainda que isso por si só, se o Corinthians vencer as três partidas que restam, não impediria a “tragédia”.

Que esta rodada passe o mais rápido possível, mas com o tempo necessário para que o Corinthians não seja mais o líder – ainda que isso seja um tanto improvável.

jueves, 11 de noviembre de 2010

DILMA ROUSSEF "PRESIDENTA", UM ERRO COLOSSAL


Já imaginaram o feminino de o pedinte como a pedinta; de o crente como a crente; de o amante como a amanta; de o viajante, como a viajante; de o ausente como a ausenta; de o ardente como a ardenta; de o farsante como a farsanta; de o estudante como a estudanta; de o delinquente como a delinquenta; e de o fumante como a fumanta?

Certamente todas estas formas soariam muito mal no ouvido de qualquer um. E, principalmente, chocar-se-iam brutalmente contra a estrutura gramatical da língua portuguesa.

Apesar de desconhecido, a língua portuguesa e outras línguas latinas apresentam o chamado particípio ativo, cuja terminação é “ante” para os verbos terminados em “ar” (habitar – habitante) e “ente” para os que terminam em “er” e “ir” (ler-lente; exigir-exigente) nas suas formas regulares.

O particípio ativo, como o nome diz, expressa a ação, em forma de substantivo, advinda de um verbo.

Desde a vitória de Dilma Roussef no 31-O, e até mesmo antes, em sua campanha, começou-se a ter eco o que, se vier a entrar no léxico corrente, seria uma das maiores aberrações dos lusófonos brasileiros, a palavra “presidenta”, jogando na lata do lixo o sufixo “ente”, único admitido para o verbo presidir transformado em particípio ativo.

Já admitida no léxico do castelhano, com o absurdo beneplácito da Real Academia do Espanhol (RAE), “presidenta” corre o sério risco de ter vida ativa também no Brasil – com a anuência de muitas “autoridades” linguísticas.

É verdade que as línguas podem ter componentes machistas. Mas, não é possível que a volúpia léxica para igualar os sexos apele a invencionices.

Que Dilma Roussef seja a primeira presidente do Brasil, e não a primeira presidenta. Para o bem da língua de Camões, já tão castigada pelos nacionais de Terras de Vera Cruz.