sábado, 21 de enero de 2012

PAULICHATO


Começa hoje a primeira fase do Campeonato Paulista. Serão 19 rodadas e 190 jogos em que a principal marca será o tédio. Ao e fim e ao cabo esta só servirá para definir a classificação de oito times para as quartas-de-finais. E o pior, quase não premia os clubes de melhor campanha nas etapas seguintes.

Teoricamente um time pode ganhar todos os jogos na primeira fase, mas poder ser eliminado com um empate nas quartas-de-finais, se for derrotado nos penalties posteriormente. Somente jênios como os membros da Federação Paulista de Futebol (FPF) são capazes de arquitetar essa fórmula, que existe desde a edição passada do torneio.

O que deveu passar pela cabeça dos dirigentes paulistas no momento de elaborar o regulamento? São masoquistas? Regozijam-se com as críticas? Ou, simplesmente, são néscios, incapazes de enxergar o absurdo que é desidratar a importância da ordem de classificação na primeira fase?

Não apenas a FPF é a culpada pelo regulamento do Paulista. Os clubes são subsidiários nesse desastre, pois o assinaram.

O Campeonato Paulista, sem dúvida, é o Estadual de melhor nível técnico. Mas talvez seja o de pior regulamento. Aliás, as fórmulas do Campeonato Paulista há muito tem a tradição da horribilidade, em contraste, por exemplo, com o segundo Estadual mais importante do Brasil, o do Rio de Janeiro, que, dividindo o seu campeonato em dois turnos, quase sempre teve regulamentos, ao menos, razoáveis.

O Estatuto do Torcedor obriga a que os campeonatos tenham no mínimo dois anos de manutenção da mesma fórmula de disputa. Para o ano que vem, portanto, já poderia haver outro regulamento. Para que os dirigentes da FPF e dos clubes sejam sensíveis à ruindade do regulamento do Paulista é necessário que este seja execrado pela mídia esportiva. Entretanto, esta no ano passado pouco notou o absurdo do regulamento, que torna o principal Estadual do Brasil, ao menos na primeira fase, no mais chato. Ou seja o autêntico Paulichato.

martes, 3 de enero de 2012

PÚBLICO, LA AGONÍA DE UN DIARIO


Contra la corriente, en septiembre de 2007, Público fue lanzado. Si mantener diarios consolidados en el medio de la competencia impuesta por la gratuidad de la información en Internet era difícil, introducir un nuevo sería mucho más. Entretanto, Público ha logrado un hueco entre los grandes periódicos de España, siendo hoy el cuarto más vendido de ámbito nacional. Pero esto no ha sido suficiente y hoy el diario de Mediapro se encuentra entre la vida y la muerte.

Cuando Público nació España aún “iba bien”. Pero vino la crisis, la mayor que España ha conocido desde la Guerra Civil, y el diario no se quedó inmune, viendo desplomarse sus ingresos publicitarios. Hoy su editora Mediapubli ha entrado en concurso voluntario de acreedores.

El posible fin de Público sería trágico para el auténtico pensamiento de izquierda español. Sin ser un diario partidario, al contrario de lo que es acusado, Público en sus notas, reportajes y artículos refleja una España comprometida con valores verdaderamente progresistas y plurales, no siendo secuestrado por las verdades absolutas del capitalismo liberal. También es el único diario nacional que ha roto con el consenso en relación a la monarquía.

Es difícil preveer una remontada del diario. Lo más probable es que no aguante, que no pueda obtener financiación para sufragar sus costes y salarios y que venga a cerrar. Ojalá esté engañado y que todos que hacen Público ingenien una salida para la grave situación de la publicación. En caso contrario, sería una lástima para sus centenares de trabajadores y, principalmente, para sus centenares de miles de lectores (millones si contamos los de Internet), que nunca habíamos nutrido tanto cariño por un periódico.