Sim. Dos Seus cem anos, a maior parte, 48 anos, vigorou o fascismo. Já outros 16, os Seus primeiros, preponderou o caos e a instabilidade. Enquanto que os Seus 36 últimos anos foram marcados pela alternância entre o PS e o PSD que muito ficaram por fazer – ainda que estes, sem dúvida, tenham sido os Seus melhores anos.
Às vezes Ela pode dar a sensação de que não representa mais que um símbolo. Que o Seu estético, com a igualdade que, simbolicamente, representa não se coaduna com o conteúdo que se vê na realidade.
Já sei, também, que muitos países que não tem uma Delas podem ser mais parecidos com o real valor Dela, como, por exemplo, os países escandinavos.
Mas, o que Ela tem a ver com isto? Não é a Ela que cabe a responsabilidade pelo mau uso que tenham feito Dela.
A Ela só tenho elogios. É Ela quem garante a igualdade entre todos os portugueses. É graças a Ela que o sangue azul foi eliminado da vida de Portugal.
Também é verdade que muitos que dizem amá-la não o fazem mais por hipocrisia, oportunismo e falsidade. E que, a sua mercê, Ela pode ser tantas vezes incompreendida, a ponto de dizerem que Ela não faz falta ou que deveria ser afastada.
Cabe aos que sim a respeitam, a prezam e a amam a responsabilidade de protegê-la e potenciá-la, tornando o país digno de Sua presença. Em nome Dela que a ética não seja proclamada em vão.
Que o Seu esplendor seja cotidianamente levantado, em prol de uma nação que seja valente e imortal. Mesmo que o sofrimento tenha estado e esteja presente em Seu seio, que uns não sejam mais sacrificados que outros. Algo que certamente a deixa muito triste, pois Ela tem a todos os portugueses como filhos. Infelizmente, entre os 10 milhões de crias muitos o são de modo desnaturado.
A despeito de tudo, hoje, no Seu centenário, Ela permanece tão bela quando viu a luz naquele 5 de Outubro de 1910, pelas mãos de Teófilo Braga, Afonso Costa, António José de Almeira, a Carbonária, entre outros tantos.
Parabéns minha querida República Portuguesa!
martes, 5 de octubre de 2010
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