jueves, 12 de abril de 2012

PROIBIÇÃO SALUTAR


Sem dúvida, uma das grandes evoluções que grande parte do mundo teve nos últimos anos foi na esfera do combate ao fumo passivo. Hoje são raros os países, ao menos do mundo ocidental, que não contam com leis que restringem ou interditam o fumo em locais fechados de circulação pública, evitando que os não fumadores absorvam “fumaça alheia”.

Em Portugal, de acordo com decisão do Ministério da Saúde, pela primeira vez, as medidas contra o fumo passivo vão atingir, também, um ambiente totalmente privado, os automóveis particulares, se estes estiverem com crianças.

Ao menos nas redes sociais, o anúncio da proibição do tabaco em carrros com miúdos provocou alguma reação negativa. A alegação era de que o governo estava a invadir a propriedade privada ou que estava a ter uma sanha proibicionista no tema. Entretanto, a proibição, como todas as ligadas ao tabaco, não tem o objetivo de talhar a liberdade de ninguém, e sim de proteger a saúde de quem possa ser atacado por algo tão maléfico como é o tabaco.

Ao contrário dos adultos não fumadores, que podem escolher entre estar ou não num carro com gente a fumar, as crianças não teriam tão clara está opção e dependendo da idade, sequer teriam a consciência do nefasto que é o tabaco.

A interdição do tabaco em carros com crianças também pode servir como efeito didático. Alguns pais fumadores poderão ser ainda mais tocados pela necessidade de fumar longe dos filhos em suas residências, únicos locais onde seria difícil a proteção das crianças da parte do Estado.

É regozijante ver a importância que o poder público português está a dar ao fumo passivo nos últimos anos. Durante muito tempo os não fumadores foram negligenciados – outrora até mesmo em aviões, transportes públicos e, pasmem, em programas de televisão era permitido fumar – mas hoje, para o bem da sua saúde, têm as leis a seu favor.

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